O que acontece quando fazemos de qualquer jeito

Um dizer bem comum: fazer as coisas de qualquer jeito. A Bíblia nos fala das conseqüências de construir sem atender aos bons critérios da construção. A edificação não prevalecerá. Dizem que é uma lei da natureza, mas ao final é uma lei de Deus.   Se regras não são respeitadas, se atalhos são pegos, o final será sempre triste e sem compensação (II Tm 2.5). Isto vale para as organizações, para a administração da igreja, para a construção de uma vida ministerial, para a vida profissional e para todos os aspectos da vida cristã.

Precisamos edificar, mas edificar do jeito certo, de acordo com o tempo e com os propósitos de Deus. Uma vez fui questionado sobre o que poderia ser nominado de “excesso de regras”. E sem dúvida nosso anti-modelo, os fariseus, eram muito dados às regras, mas o problema deles não eram as regras, mas o não conhecer a justiça de Deus (Mt 5.20; MT 23.23). A crítica de Cristo era por práticas da lei sem verdadeira submissão a Deus e a seus propósitos, e não meramente pelas práticas da lei. Não usemos da Bíblia parcialmente, pois nosso Deus é Deus de regras, mandamentos, doutrina, ensino, critérios e lançará fora os que fazem sem considerar sua vontade (Mt 7.21-23).

Construir do jeito errado pode até resolver o problema imediato, ou trazer resultados visíveis no curto prazo, mas no longo prazo o resultado será danoso, destruidor, ruim, e poderá, inclusive, custar nossa própria salvação. Ai de nós se não fossem os profetas que registraram palavras ruins de ouvir e ler. São os casos de todos os profetas da Bíblia. E Deus ainda nos incomoda hoje com aquelas palavras, como também com as palavras do grande profeta, Jesus. Ele diz: “Os que ouvem a palavra e não as praticam são como o que constrói sua casa na areia, mas os que ouvem e praticam são como aquele que constrói sua casa na rocha. Os ventos sempre soprarão; a chuva cairá; os problemas se abaterão, mas não conseguirão estragar a edificação dos que constroem do jeito certo (Mt 7.24-27; Lc 6.47-49).

Só em edificações sólidas há sabedoria (Pv 24.3). Mesmo que os aparentes resultados do jeitinho nos façam vibrar, eles serão insignificantes no decorrer do tempo. Não sejamos vítimas de nos mesmos, de nossas cobiças pequenas e da falta de cuidado (Tg 1.13-15), que possam nos fazer desviar do “jeito de fazer de Deus”, com critérios e regras, sem atalhos, jeitinhos, facilidades, displicências e outros desvios, pois isto não será proveitoso as nossas vidas, e muitas vezes provocam a desgraça de outros tantos em torno de nós.

Bem aventurado é o que ouve e pratica a Palavra de Deus (Tg 1.22-25; Ap 1.3; 3.13).

Por Samuel Alves